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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/16

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flores que são maravilhas do mundo, e que não escolhem manhas para abrir porque todas as manhãs são bellas, nem esperâo por primavera porque todas as estações são boas... E a tudo isto devia seguir-se a expansão dos talentos, como uma acção de, graças ao Creador — o apparecimento dos génios, como predicados de tal pátria... — Aquella imaginação ardente e superior da Arábia da tradição ; aquella eloquência magestosa e arrebatadora da Grécia a vetusta e de Roma a barbara ; aquelle amor da sabedoria e aquelle arrojo da Germânia e de Albion; aquelle espirito attico e fino da nação dos Lizes ; aquelle brio dos Lusos do Indo e Ganges, e do Cabo-das-tormentas; aquelle cavalheirismo da pátria dos Cids, tudo se devia reunir na terra a que a natureza doara quanto ha bello e grande e sublime!

Quereis nomes? Não ; não os precisaes : longo seria, árduo, até impossivel para nós o fazêl-o, que para tental-o fora mister para cada um uma historia... Dizem-os alguns livros, ou apenas, quando muito, algumas folhas, ou revistas, que são expostos ao pó dos cantos ou ao desdém de mercadores ignorantes, como pasto aos vermes...

E entretanto assim não devera ser; porque os nomes gloriosos de uma nação devem ser emmoldurados em ou- ro, como preciosidades da grande familia -— a pátria, que não envolvidos no pó do olvido, que não atirados ao tremedal da indifferença e da ignorância, como as telas que