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Eu sonhei tanto amor, tantas venturas,
Tantas noites de febre e d’esperança!
Mas hoje o coração desbota, esfria,
E do meu peito no tumulo descansa!

Pallida sombra dos amores santos!
Passa, quando eu morrer, no meu jazigo,
Ajoelha ao luar e canta um pouco,
E lá na morte eu sonharei comtigo!


12 de septembro, 1851