Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/229

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V

Caiu a noite do azulado manto,
Como gotas de orvalho, sacudindo
Estrelas cintilantes. Veio a lua,
Banhando de tristeza o céu profundo,
Trazer aos corações melancolia,
E no éter cheiroso derramar
Cerúlea chama! — Dia incerto e pálido
Que ao lado da floresta as sombras junta
E golfa pelas águas das campinas
Alvacentos clarões que as flores bebem!
A galope, de volta do noivado,
Passa o Conde Solfier e a noiva Elfrida:
Seguem fidalgos que o sarau reclama.

Elfrida
— Não vês, Solfier, ali da estrada em meio
Um defunto estendido?

Solfier
— Ó minha Elfrida,