Leve o Diabo essa tribo de boêmios!
Não há tanto lugar onde se morra?
Maldita gente! inda persegue os Santos
Depois que o Diabo a leva!..."
E foi caminho.
Leve-te Deus! Apóstolo da crença,
Da esperança e da santa caridade!
Tu, sim, és religioso e nos altares
Vem cada sacristão, e cada monge
Agita a teus pés o seu turíbulo!
E o sangue do Senhor no cálix d'oiro
Da turba na oração te banha os lábios...
Leve-te Deus, Apóstolo da crença!
Sem padres como tu que fora o mundo?
É por ti que o altar apóia o trono!
É teu olhar que fertiliza os vales,
Fecunda a vinha santa do Messias!
Leve-te Deus... ou leve-te o Demônio!
Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/228
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