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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/272

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Fazer espalhafato e gritaria,
Por um capricho, voluptuoso assomo,
Entregou-se ao amor do Rei...

VI

"Maldito!"
Bradou-lhe à porta um vulto macilento.
"Maldito! meu irmão, aquela moça
É minha, minha só, é minha amante
E minha esposa fora..."

O Rei sorrindo
Lhe estende a régia mão e diz alegre:
"A culpa é tua. Eu disto não sabia;
Se do teu casamento me falasses,
Eu respeitara a tua..."

"Basta, infame!
Não acrescentes zombaria ao crime.
Hei de punir-te. É solitário o bosque;
Aqui não és um Rei, porém um homem,