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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v2.djvu/224

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Mais nada?

Macário: Notai que por beleza indico um corpo bem feito, arredondado, setinoso, uma pele macia e rosada, um cabelo de seda-froixa e uns pés mimosos

O Desconhecido: Quanto à virgindade?

Macário: Eu a quereria virgem na alma como no corpo. Quereria que ela nunca tivesse sentido a menor emoção por ninguém. Nem por um primo, nem por um irmão Que Deus a tivesse criado adormecida na alma até ver-me como aquelas princesas encantadas dos contos-que uma fada adormecera por cem anos. Quereria que um anjo a cobrisse sempre com seu véu, e a banhasse todas as noites do seu óleo divino para guardá-la santa! Quereria que ela viesse criança transformar-se em mulher nos meus beijos.

O Desconhecido: Muito bem, mancebo! E esperas essa mulher?

Macário: Quem sabe!

O Desconhecido: E é no lodo da prostituição que hás-de encontrá-la?