Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v2.djvu/285

Wikisource, a biblioteca livre

meu coração parece abafado e palpita ansioso-a respiração piração me custa. Oh! custa tanto morrer!

O Doutor Larius ( passando a cavalo): Penseroso! Penseroso! Onde vais tão pálido?

Penseroso: Doutor, bom-dia. Acha-me pálido?

O Doutor: Como tua mão está ardente! Como tua testa queima! Tens febre, Penseroso.

Penseroso: Tenho febre, não é assim? Ponha a mão no meu coração, veja como bate!

O Doutor: Como teu peito está úmido de suor! Como pulsa teu coração! Penseroso, Penseroso! o que tens, meu amigo?

Penseroso: O que tenho; não tenho nada - absolutamente nada. Adeus, doutor.

O Doutor: Onde vais? O sol está ardente, e tens febre. Descansemos aqui na sombra. Ou então vamos para casa e deita-te

Penseroso: Sim. Adeus, doutor. (Vai-se apressado).

O Doutor: