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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v3.djvu/62

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Ofegando interrompem! quantas noites
Fui ditoso contigo!
 
E quantas vezes te embalei tremendo
Sobre os joelhos meus! Quanto amorosa
Unindo à minha tua face pálida
De amor e febre ardias!
 
Oh! volta inda uma vez! ergue-se a lua,
Formosa como dantes, é bem noite,
Na minha solidão brilha, de novo,
Estrela de minh'alma!
 
Desmaio-me de amor, descoro e tremo...
Morno suor me banha o peito langue...
Meu olhar se escurece e eu te procuro
Com os lábios sedentos!
 
Oh! quem pudera sempre em teus amores
Sobre teu seio perfumar seus dias,
Beijar a tua fronte e em teus cabelos
Respirar ebrioso!
 
És a coroa de meus anos breves,
És a corda de amor d'íntima lira,