Saltar para o conteúdo

Página:Obras poeticas de Claudio Manoel da Costa (Glauceste Saturnio) - Tomo II.djvu/118

Wikisource, a biblioteca livre

110 CLÁUDIO MANOEL DA COSTA 17. Assim da mesma fonte nascer vejo Desde a famoza Arcadia. os doces rios. De Arethuza, e de Alfeu; terno desejo Vai unir na Trinacria os seus desvios : Bello Pais de Ellide; eu não te invejo Os milagres de Amor; além dos frios, Distantes serros, que enche a Hispanha, e guarda De Pedro a Estirpe a se enlaçar não tarda. 48. As sombras noto, que vagando pizão Do Elizeo os campos, repetir mil vezes Os Reaes Troncos, onde se eternizão Os Brazões dos Noronhas, e Menezes : Nos escudos as Aguias se devizáo De que ornados os Timbres Portuguezes Girando vão pelas Regiões Estranhas De ambas as índias, de ambas as Espankas. 19. No horoscopo feliz do nascimento Da bella Heroina, que ha de honrar o mundo Inda eu oiço a Protheu, que em rouco assento Assim falava desde o mar profundo; Vem dar a Portugal mais nobre augmento, Sorte mais bella ao talamo fecundo, O digna Filha, o rama illustre, e rara Do sangue, que o Mondego em vão regara. 20. Eu pronostico ao Patrio Tejo a gloria De ver nesta alta prole inda algum dia Sustentada do Pai toda a memória, Bem lograda da Mãi toda a alegria;