o que por certo concorreria para quebrar a aridez de tão tediosa peça official, além do serviço que prestava á gloria do poeta e á posteridade.
Existe ainda uma ode impressa, que poderia passar por obra de Alvarenga Peixoto. E’ a ode a Affonso de Albuquerque, que foi dada no Parnaso e Novo Parnaso brasileiro como composição de Domingos Vidal Barbosa (33), mas que imprimio-se anteriormente na Collecção de poesias ineditas (34) como de João Ignacio da Silva Alvarenga, nome que parece ser mais de Manoel Ignacio da Silva Alvarenga do que de Ignacio José de Alvarenga Peixoto. Annexei-a ás obras de Silva Alvarenga (35), e lá verá o leitor as razões que tive para me decidir por esse alvitre.
O Sonho é uma cantata que vio a luz da imprensa na collecção do conego Januario da Cunha Barbosa (36). Corria, porém, pela mão dos curiosos, transfigurado em repetidas cópias, e poeta houve que pensou, talvez, que jámais se publicasse a poesia de Alvarenga Peixoto, e por isso se apropriou do seu pensamento e imagens, commettendo publicamente um plagio vergonhoso, como ainda o praticão por ahi muito a seu salvo as gralhas litterarias. Tal é por sem duvida a ode publicada em 1822, sete annos antes da poesia original, sob o titulo: O Brasil visto em sonho e no antigo trajo agradecendo ao principe regente o haver-se declarado seu defensor perpetuo (37).
O Canto epico em oitava rima, dirigido ao governador D. Rodrigo José de Menezes, por occasião do baptisado do filho d’este capitão-general, é a mais