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Odes Modernas 15


II

Oh! a Historia! A Penelope sombria,
Que leva as noites desmanchando a teia
Que suas mãos urdiram todo o dia!
O alchimista fatal, que toma a Idéa,
E nas combinações da atroz magia,
Só extrahe Pó! A funebre Medêa
Que das flõres de luz do coração
Compõe seu negro philtro - a confusão!

Eis do trabalho secular das raças,
Das dôres, dos combates, das confianças,
Quanto resta a final... cinzas escassas!
O tedio sobre o céo das esperanças
Suas nuvens soprou! E odios, desgraças,
Desesperos, miserias e vinganças,
Eis a bella seara d'ouro erguida
Do chão, onde illusões semeia a vida!