á sua alegria. O que o enthusiasmava no Craft era aquelle ar imperturbavel de gentleman correcto, com que elle egualmente jogaria uma partida de bilhar, entraria n’uma batalha, arremetteria com uma mulher, ou partiria para a Patagonia...
— É das melhores cousas que tem Lisboa. Vaes-te morrer por elle... E que casa que elle tem nos Olivaes, que sublime bric-a-brac!
Subitamente estacou, e com um olhar inquieto, uma ruga na testa:
— Como diabo soube elle da Villa Balzac?
— Tu não fazes segredo d’ella, hein?
— Não... Mas tambem não a puz nos annuncios! E o Craft chegou hontem, ainda não esteve com ninguem que eu conheça... É curioso!
— Em Lisboa sabe-se tudo...
— Canalha de terra! murmurou Ega.
O jantar no Central foi addiado, porque o Ega, alargando pouco a pouco a idéa, convertera-o agora n’uma festa de ceremonia em honra do Cohen.
— Janto lá muitas vezes, disse elle a Carlos, estou lá todas as noites... É necessario repagar a hospitalidade... Um jantar no Central é o que basta. E para o effeito moral, pespego-lhe á meza o marquez e a besta do Steinbroken. O Cohen gosta de gente assim...
Mas o plano teve ainda de ser alterado: o marquez partira para a Gollegã, e o pobre Steinbroken estava