cousa: é que tens aqui um amigo. Isto não é palavriado, isto vem de dentro... Pois adeus, meu rapaz. Queres tu um charuto?
Carlos acceitou logo, como um presente do ceu.
— Então ahi tens um charuto, filho! exclamou Alencar com enthusiasmo.
E aquelle charuto dado a um homem tão rico, ao dono do Ramalhete, fazia-o por um momento voltar aos tempos em que n’esse Marrare elle estendia em redor a charuteira cheia, com o seu grande ar de Manfredo triste. Interessou-se então pelo charuto. Accendeu elle mesmo um phosphoro. Verificou se ficava bem acceso. E que tal, charuto rasoavel? Carlos achava um excellente charuto!
— Pois ainda bem que te dei um bom charuto!
Abraçou-o outra vez; e estava batendo uma hora, quando elle emfim se affastou, mais ligeiro, mais contente de si, trauteando um trecho de fado.
Carlos no seu quarto, antes de se deitar, acabando o pessimo charuto do Alencar estirado n’uma chaise-longue, em quanto Baptista lhe fazia uma chavena de chá, ficou pensando n’esse estranho passado que lhe evocara o velho lyrico...
E era sympathico o pobre Alencar! Com que cuidado exagerado, ao fallar de Pedro, d’Arroios, dos amigos e dos amores d’então, elle evitara pronunciar sequer o nome de Maria Monforte! Mais de uma vez, pelo Aterro fóra, estivera para lhe dizer: — pódes