equatorial.[1] Mas a verdade irrefragavel é que esse limite, que os Portuguezes transpozeram, foi sem duvida alguma o cabo Bojador. Como Humboldt nota, com perfeita razão, o horizonte geographico vae-se alargando a pouco e pouco, e a verdade é que, uma vez ampliado, não se estreita de novo. Para o lado do occidente os primeiros limites foram os do mar Egeu, depois o do meridiano das Syrtes, depois o das columnas de Hercules, depois para o norte o extremo meridiano da Europa, para o sul o da costa africana.[2] Vemos que a mansão da felicidade suprema acompanhou a ampliação d’esse horizonte, primeiro no Oasis do Egypto, depois na Cyrenaica, depois na costa africana, a pequena distancia das columnas de Hercules, depois nas Canarias. Não ha saltos n’este progresso forçosamente methodico. Logo que se transpõe um limite maritimo a navegação prosegue.
Para o sul o cabo Não foi por muito tempo o limite,
- ↑ «Mais avant les Portugais aucune nation de l’Europe ne semble être allée au délà de l’Équateur». (Histoire de la géographie, etc., tom. I, pag. 290).
- ↑ «L’horizon géographique s’agrandit peu à peu de la Mer Égée au méridien des Syrtes, de là aux Colonnes d’Hercule et hors du détroit avec Hannon vers le sud, avec Pythéas vers le nord». (Hist. de la géogr., tom. I, pag. 32). O horizonte ampliado por Pythéas nunca mais se restringiu, porque é que havia de acontecer o contrario ao horizonte ampliado por Hannon, se este viajante tivesse ido mais longe do que a costa de Marrocos?