(embocadura do Tejo) aos Açores (S. Miguel) 247 leguas; dos Açores (Corvo) á Nova Escocia 412 leguas!»[1] É isto o que explica de um modo bem positivo como foi que os intrépidos marinheiros da Islandia poderam encontrar a America, e não a poderam encontrar os não menos intrépidos marinheiros dos Açores. É isto o que responde, de um modo bem cathegorico, tambem, aos que dizem que os Portuguezes não largavam as costas. Um povo que nas suas primeiras viagens percorria 247 leguas maritimas para encontrar um ponto perdido no meio do Oceano, e que o fixava, e que n’essas ilhas ou proximas ou distantes estabelecia colonias regulares e em constante communicação com a metropole, era um povo que se encontrava bem mais apto do que outro qualquer para as grandes navegações maritimas, era um povo que os pavores do Oceano não obrigariam a desistir de tentar novas emprezas. Ah! se a Providencia, em vez de ter agrupado os Açores n’um só ponto, destacando apenas como sentinellas avançadas as Flores e o Corvo, as tivesse disseminado por toda a extensão do Atlantico, fazendo de todas ellas os marcos milliarios d’esse vasto percurso maritimo, como foram as Orcades, as Feroé, a Islandia e a Groenlandia para o continente norte-americano, seria talvez Colombo, mas Colombo
- ↑ Histoire de la géographie, etc., tom. II, pag. 56 e 57.