per sy e a sua custa... por ho asy querer fazer com tanto trabalho e perigo,[1] e a carta de doação de 17 de setembro de 1506, que transfere para Vasco Annes Côrte Real a doação da Terra Nova, «avemdo respeyto e lembramça como o dito Gaspar Corte Real seu irmão ffoy o primeiro descobridor das ditas teras.»[2] O que se deprehende de tudo o que diz Gaspar Fructuoso é que João Vaz Côrte Real era nos Açores um heroe legendario, um forte e um intrepido. Formara-se a lenda em torno d’elle. Pae de uma familia de navegadores, foi de certo navegador elle mesmo. Como tantos outros dos seus patricios, procurou tambem talvez, como elles, desvendar os segredos do occidente, mas voltou sem ter encontrado novas ilhas e novas terras. Teria ido talvez mais longe do que Diogo de Teive, que chegou a cento e cincoenta leguas ao occidente do Fayal, mas, se o fez, desanimou tambem e voltou sem encontrar a cubiçada terra. Foi mais feliz seu filho, e mais feliz porque o exemplo de Colombo pozera termo aos desanimos, e se nova prova fosse necessaria basta lembrarmo-nos que Martim de Behaim, o famoso geographo, que acariciou ardentemente o mesmo ideal
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