em torno da terra immovel e soberana. Era comtudo esse um terrivel escravo, porque bastava a sua ausencia para que fenecesse a vegetação e definhasse a vida; por isso tambem era natural que nos pontos onde o seu contacto fosse mais proximo o excesso do calor produzia o effeito contrario, e désse tal intensidade á vida que a fizesse desapparecer na conflagração do abrazo. O mytho de Zeus e de Semele parecia traduzir este pensamento.
Quando a terra mãe, a Terra que o deus terrivel fecundava, o queria ver de perto com todo o explendor do seu vulto, com toda a grandeza da sua omnipotencia, bastava a presença do amante para a reduzir a cinzas. Era em torno da zona média da terra que o sol descrevia o seu giro, era ahi portanto que se approximava da terra, e ahi forçosamente a vida desappareceria no incendio dos seus raios.
Assim era a Sciencia que vedava o caminhar do homem. O mundo civilisado dilatava-se, graças aos esforços e á audacia dos Phenicios, mas, por mais audaciosos que fossem, considerariam uma insania suprema transpor os limites das zonas defezas.
Para essas regiões que os mortaes não podiam pisar transportava a phantasia humana a residencia d’aquelles, que, libertos dos laços da vida mortal, podiam existir em condições negadas á fraca humanidade. Foi pois assim que para além do terminus