Ararat. Nunca mais o homem tornaria a ver a sua antiga patria[1].
Assim Cosmas suppunha um mar immenso coberto de trevas, porque o sol só illuminava a terra, e formando quatro golphos, o Mediterraneo, o mar Vermelho, o golpho Persico e o mar Caspio; para além d’esse immenso mar a terra antichthona, e n’ella o Paraizo[2].
Outros, porém, não se podiam resignar a estar para sempre separados do Paraizo, e collocavam-n’o no extremo Oriente, no sitio onde, ao que diziam, principia o mundo. Esses baseavam-se na phrase do Genesis, que diz que «Deus plantou no Oriente um jardim delicioso». Para além da India, dizia Santo Avito, fica o Paraizo, cercado por barreiras que o homem não pode transpôr. É a theoria adoptada por S. Basilio, Psellus, Philostorgo, Isidoro de Sevilha, Bedo o Veneravel, geographo de Ravenna, Raban Mauro, Hugo de Saint-Victor, Jacques de Vitry, Honoré d’Autun, Gervais, Vicente de Beauvais, Joinville, Jourdain de Sévérac, Omons, que ainda suppunha que lá estava o anjo da espada chammejante, Ranulpho Hydgen, Dati, Bartholomeu Anglicus, Brunetto Latini, Dante, etc. Uns suppunham-n’o erguido