escrevo, e que elle tenha cuidado com ellas. É para a Allemanha. Bremen via London.
— Nào fallarei ao capitão, mess Lethierry.
— Porque?
— O Cashmere não está no cáes.
— Ah!
— Está na barra.
— É justo, por causa do mar.
— Só posso fallar ao patrão do escaler.
— Recommenda-lhe as minhas cartas.
— Sim, mess Lethierry.
— A que horas parte o Cashmere?
— Ao meio-dia.
— Ao meio-dia hoje, é a enchente da maré. Tem contra si a maré.
— Mas tem vento de feição.
— Rapaz, disse mess Lethierry pondo o dedo index no cano da machina, vês isto? isto zomba do vento e da maré.
O rapaz pôz as cartas na algibeira, pegou outra vez no carrinho, e continuou a viagem para a cidade.
Mess Lethierry chamou:—Doce! Graça! Graça entreabrio a porta.
— Que ha, mess?
— Entra e espera.
Mess Lethierry pegou n’uma folha de papel e começou a escrever; se Graça, de pé atraz delle, fosse curiosa e esticasse o pescoço, poderia ler por cima do hombro, isto:
«Escrevo a Bremen para ver madeira. Tenho de fallar durante o dia aos carpinteiros para a avaliação. Vai ter á casa do decano para arranjar as dispensas.