Varios dos poetas contemplades não têm suas inspirações publicadas em volume.
Andam despersos nos jornaes e revistas, ou, muitas vezes, desfiguradas em copias particulares.
Não raro as producções, que se conseguem obter não são as melhores dos respectivos auctores, nem as mas proprias para lhes definir o talento.
Casos ha em que de um excellente poeta, como é Pedro Moreira, de quem seria grato dar vinte ou trinta producções, obtem-se, como a mim me aconteceu, numero rezumidissimo, insufficiente, para par a medida certa do vôo da aguia. O que, de melhor deu elle á estampa, acha-se em ephemeros jornaes ou periodicos academicos da Bahia, de 1867 a 1873, e me não foi possivel obtel-o.
E' o caso de muitos outros.
N’este ponto e logar é bem claro que não posso discutir umas poucas de questões que seria facil suscitar.
Uma ha, porém, que vem de molde agora e não nos convem deixar no esquecimento: — Qual a razão da superioridade do bahiano na politica e sua inferioridade na poesia diante do sergipano?
E’ bem possivel ou antes muito provavel o arreliamento do Chauvinismo bahiense ao ouvir fallar em sua inferioridade na poesia... Mas a critica existe para ser sincera e officiar sempre diante da verdade.
Basta até reflectir um pouco para vêr que é mesmo assim: a capacidade politica anda o mais das vezes divorciada dos ardores das paixões, das phantasias da poesia. E, se preciso fosse lembrar um grande exemplo, bastaria recorrer ao de Roma, mestra emerita e inexcedivel na pratica das cousas juridicas e politicas, cuja mesquinha figura nas effusões da poesia é de vulgar noticia em face da exu-