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Por isso é bem certo dizer, como já uma vez disse, que a nossa litteratura sergipense é uma litteratura de emigrados.

As causas e as consequencias d’este phenomeno pertence á critica averiguar, e não é agora opportuno fazel-o.

Os quatro grupos a que reduzi os poetas de Sergipe não exprimem rigorosamente uma filiação immediata e irreductivel dos varios membros do cada um d’elles na esthetica exclusiva do respectivo chefe. Exprimem apenas uma certa coloração geral, filha, o mais das vezes, do mesmo momento historico, da mesma corrente preponderante da época, das mesmas influencias estranhas.

Os grupos são estes: o primeiro constituido por Constantino Gomes, que o preside, Pedro de Calasans, Bittencourt Sampaio, José Maria Gomes, Elzeario Pinto, Eustaquio Pinto, Joaquim Esteves, Joaquim de Calasans, Severiano Cardoso, Geminiano Paes, Eutichio Soledade, Leopoldo Amaral e Symphronio Cardoso ; o segundo é formado por Tobias Barretto, José Jorge de Siqueira Filho, Pedro Moreira e Justiniano de Mello, e é presidido pelo auctor dos Dias e Noites ; o terçeiro compõe-se de Sylvio Roméro, que abre a lista, Filinto do Nascimento, Lima Junior, Jason Valladão, Joaquim do Prado, Joaquim Fontes e Manoel dos Passos ; o quarto é capitaneado por João Ribeiro e contém Carvalho Aranha, Costa e Silva, João Barretto, Deodato Maia e Damasceno Ribeiro.

O primeiro nucleo, como deve ver quem conhecer os nomes que o compõem, encerra um typo, até certo ponto divergente, Bittencourt Sampaio, que deixo de analysar, por já o haver praticado na Historia da Litteratura Brasileira.

O mesmo acontece com Pedro de Calasans, Elzeario Pinto e José Maria Gomes de Souza, cujos (texto ilegível), posto que rapidos, acham-se também naquelle livro.

Predominam nesse punhado de poetas os intelligentes filhos da bella cidade da Estancia, que com Laranjeiras constituiram sempre as mais sergipanas, se assim se póde dizer, das cidades de Sergipe, Constantino e seu irmão José Maria, Pedro de Calasans e seu irmão

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