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E o tanque reflectir as folhas novas,
E o parque encher-se de murmúrio e luz,

Irei um dia, na estação das flôres,
Ver a columna onde escrevi teu nome,
O doce nome que minha alma prende,
E que o tempo, quem sabe? já consome!

Onde estarás então? Talvez bem longe,
Separada de mim, triste e sombrio;
Talvez tenhas seguido a alegre estrada,
Dando-me aspero inverno em pleno estio.

Porque o inverno não é o frio e o vento,
Nem a erma alameda que hontem vi;
O inverno é o coração sem luz, nem flôres,
É o que eu hei de ser longe de ti!


II



Correu um anno desde aquelle dia
Em que fomos ao bosque, um anno, sim!