— 329 —
Lembras-te ainda dos felizes dias,
Que deslisámos, antes de trocares
Pela patria dos anjos, que hoje habitas,
A sombra de teus lares?...
Oh! quem me dera ver essas campinas,
De que me afasta tão fatal distancia,
E ver os céos, onde sorrio-me a estrella
De minha leda infancia!...
E a fonte, e o musgo, aonde te sentavas
A’ sombra do florido limoeiro,
Ouvindo o trepidar harmonioso
Do proximo ribeiro;
E os vargedos sem fim, onde alvejava,
— Em meio dos vergeis quasi encoberto, —
Teu lar ditoso, — ninho de alva pomba
Em meio do deserto;
E do bosque a avenida solitaria,
— Tão grato asylo ao timido recato, —
E essa agreste alpondra, em que brincando
Saltavas o regato.