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E nossos corações erão quaes flôres,
Que o casto seio mal abrindo ao lume
De nascente manhã, dentro do calix
Guardavão seu perfume.
Mas ah! — no fundo do painel donoso
Vejo sinistra a campa, que se eleva!...
E’ lá que minha aurora para sempre
Sumio-se em negra treva.
Ha bem tempo que dormes n’esse leito
Frio, que a dura morte preparou-te,
Ao fremito suave da palmeira,
Que em teu berço, embalou-te.
Ha bem tempo! — e ás vezes me parece
Ser nosso amor uma reminiscencia
Apenas de outro mundo, em que dormimos
O somno da innocencia!...
E é bem verdade que viveste outr’ora
Vida real de humana creatura,