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De uma corda a prece humilde
Como um perfume se exhala
Entoando o sacro hosanna,
Que do Eterno ao throno se ala;
Outra como que prantêa
Com voz funebre e dorida
O fatal poder da morte
E as amarguras da vida;
N’esta brando amor suspira,
E lamenta-se a saudade;
Nest’outra ruidosa e ferrea
Trôa a voz da tempestade.
Carpe as mágoas do infortunio
De uma a voz triste e chorosa,
E só geme sob o manto
Da noite silenciosa.
Outra o hymno dos prazeres
Entôa lêda e sonora,
E com canticos festivos
Sauda nos céos a aurora.