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E toda a terra
Amor respira.:
— De tua lyra
Magico effeito!
E quando a tarde
Meiga e amorosa
Com mão saudosa
Desdobra os véos,
Tua harpa aerea
Doce gemendo
Lhe vai dizendo
Um terno adeos!
Sentado ás vezes no alcantil dos montes
Masculos sons das cordas arrancando
A tempestade invocas,
E á tua voz os aquilões revoltos
A desfilada ruem,
E em seu furor uivando encarniçados
Lutão, forcejão, como se tentassem
Arrancar pelas bases a montanha!
Alarido infernal atrôa as selvas,