— 44 —
No monte ronca a turva catadupa,
Que por sombrios antros despenhada
Ruge tremendo no profundo abysmo;
Igneo surco em súbitos lampejos
Fende a lugubre sombra, — estala o raio,
E os échos pavorosos ribombando
As celestes abobadas atroão;
E a tempestade as azas rugidoras
De monte a monte estende,
E do trovão, do raio
A voz ameaçadora,
A furia atroadora
Dos euros turbulentos,
Das selvas o rugido,
Da catarata o ronco,
O baque de alto tronco,
A luta de mil ventos,
Dos vendavaes revoltos
Os pavidos bramidos,
Dos combros alluidos
O horrido fracasso,