— 88 —
Não é melhor abandonar o leme,
Cruzar no peito os braços,
E deixar nosso lenho errar ás tontas,
Entregue ás ondas da fatalidade?
Ah! tudo é incerteza, tudo sombras,
Tudo um sonhar confuso e nebuloso,
Em que se agita o espirito inquieto,
Até que um dia a plumbea mão da morte
Nos venha despertar,
E os sombrios mysterios revelar-nos,
Que em seu escuro seio
Com ferreo sello guarda a campa avara.