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Sem ter direito á mulher
Que será d’este demonio?
Logo então qualquer bolonio
Lhe desmancha o casamento,
Porque não tem instrumento
Com que prove o matrimonio.


III


   Tenha embora muita renda,
Seja lavrador morgado,
Mas para homem casado
Sempre tem pouca fazenda.
É provavel se arrependa
A pobre da rapariga,
Que se agatanhe e maldiga,
Quando na noute da boda
Correr a ceara toda,
E não encontrar espiga.


IV


   Inda que não tome a mona
Por ter fibra já cansada,
Mal pode assistir á entrada
De Carlos em Barcelona:
Que o leve ao porto de Ancona
Não terá vento ponteiro,