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E andando sempre em cruzeiro
Que fará este homem raro?
Ser como os cães, que teem faro;
Conhecel-o pelo cheiro.
V
Por mais que á moça infeliz
Faça protestos de amor,
Sempre se quer fiador
D’homem sem bens de raiz;
Só crerá no que elle diz
Se escriptura lhe fizer;
E elle pode-lhe fazer
Uma duzia, e uma centena;
Mas nunca molhando a penna
No tinteiro da mulher.
VI
São tristes da moça os fados,
Pois lhe não consentem que ella
Avance pela Arreitella
Té Pica de Regalados:
Logo entre estes dous casados
Se trava renhido pleito,
Mas se por aggravo o feito
Elle leva á Relação,
Lá ninguem lhe dá razão,
Sem que mostre o direito.