Sicheu foi corno, e corno de um soldado:
Marco Antonio por corno perdeu a c′roa;
Amphitrião com toda a sua proa
Na Fabula não passa por honrado;
Um rei Fernando foi cabrão famoso
(Segundo a antiga letra da gazeta)
E entre mil cornos expirou vaidoso;
Tudo no mundo é sujeito á greta:
Não fiques mais, Alcino, duvidoso
Que isto de ser corno é tudo peta.
Nas «Poesias Satyricas ineditas de M. M. B. do Bocage, colligidas pelo professor A. M. do Couto» (Lisboa 1840), vem este soneto a pag. 28, e tem ahi o seguinte titulo: — A um musico velho chamado L. F. — Não alcançamos alguma outra indicação, nem mesmo vimos outras copias d′este soneto, com as quaes podessemos
conferil-o.
Diz-se que este soneto fôra escripto em Gôa e dirigido a D. Francisco de Almeida, fidalgo de raça mestiça,