- 88 -
Soprando na testa
Me faz, delirante ;
E si dominado
Por esse rabbino,
Algumas sandices
Escrevo, sem tino,
Depois reflectindo
No fófo aranzel,
Em mil pedacinhos
Eu faço o papel.
Por mais que forceje
Não posso escrever;
Quem vir este livro
O que ha de dizer?
Chamar-me pateta,
Por grande favor;
E dar-me patente
—-De máo palrador.
Se for litterato
Farçola, brejeiro,
Himpando dirá:
Sempre é sapateiro.
Mas eu que conheço
Mesquinho que sou,
Da minha fachada
Desfructes não dou.
Supplico de vós,
Meu caro senhor,