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QUINCAS BORBA
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QUINCAS BORBA

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minha Sophia, — a doce, a mimosa Sophia da minha alma. Não percamos estes momentos; vamos dizer nomes ternos; mas, baixo, baixinho, para que os malandros daalmofada do carro não escutem. Para que hade haver cocheiros neste mundo? Se o carro andasse por si, a gente fallava á vontade, e iria ao fim da terra... Já então iam costeando o Passeio Publico; Sophia não deu por isso. Olhava fixamente para Bubião; não podia ser calculo de perverso, nem lhe attribuia mofa... Delírio, sim, é o que era; tinha a sinceridade da palavra, como pessoa que vê ou viu realmente as cousas que relata. — É preciso pol-o fora daqui, pensou a moça. E, apparelhando-se de coragem: — Onde estaremos nós? perguntou-lhe. É occasião de separar-nos. Veja do lado de lá; onde estamos? Parece que é o convento; estamos no largo da Ajuda. Diga ao cocheiro que pare; ou, se quer, pode apear-se no largo da Carioca. Meu marido... — Vou nomeal-o embaixador, disse Bubião. Ou senador, se quizer. Senador é melhor; ficam os dous aqui. Embaixador que fosse, não consentiria que tu o acompanhasses, e as más línguas... Tu sabes a opposição que soffro, as calumnias... Ah!