Página:Rosa, rosa de amor.djvu/42

Wikisource, a biblioteca livre

Sou como a corça ferida
Que vai, sedenta e arquejante,
Gastando uns restos de vida
Em busca da agua distante.

Bem sei que já me não ama,
E sigo amorosa e afflicta,
Essa voz que não me chama,
Esse olhar que não me fita.

Bem reconheço a loucura
Deste amor abandonado
Que se abre em flor, e procura
Viver de um sonho acabado;