PARCERIAS ESTRATÉGICAS - NÚMERO 17 - SETEMBRO/2003
tos Dumont, que, sem abandonar seus trabalhos nos ‘mais leves que o ar’, fez também importantes estudos sobre o ‘o mais pesado que o ar’ e foi ele quem conseguiu ‘voar’ neste dia memorável, diante de um público numeroso... ele que se elevou no espaço, sem balão, e esta é uma vitória importante para os partidários do ‘mais pesado que o ar’”[1].
E em 30 de setembro Santos Dumont, numa inesperada atitude, suspendeu os testes com o 14 Bis para concorrer à Taça Gordon-Bennet de balões com o seu Deux Amériques, um balão esférico com hélices horizontais que faziam o papel de lastro. Abandonou a prova no meio, devido a um acidente, mas ainda assim não se saiu mal: conseguiu percorrer 134km, num vôo de 6 horas 20 minutos de duração.
Após a prova de balões voltou-se para o 14 Bis e em 23 de outubro, decolando em Bagatelle, atingiu a marca de 60m e ganhou o prêmio Archdeacon: “É, portanto, a vitória completa do ‘mais pesado que o ar’; Santos Dumont demonstrou de forma indiscutível que é possível se elevar do solo por seus próprios meios e se manter no ar”, afirmou a revista “La Nature”[2].
Mas seguia, sem descanso, e em 12 de novembro, também no campo de Bagatelle, ganhou o prêmio Aeroclube da França, ao atingir 220m. A ata redigida pelos membros da Comissão não deixa dúvidas sobre o momento histórico: “A quarta tentativa foi feita no sentido inverso das três anteriores.
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