Página:Sonhos d'ouro (Volume I).djvu/126

Wikisource, a biblioteca livre

e uma excursão pitoresca como a de subir à Gávea por um caminho de lagarto.

Ricardo vinha pensando que felizmente naquele dia escapara de encontrar-se com a Guida. Era este o quarto domingo depois que a conhecera, e seria o primeiro em que não a visse. O advogado não daria importância a esses encontros fortuitos se, além de serem eles contínuos, não se houvessem dado as circunstâncias especiais, que já conhecemos.

Felicitava-se porém o moço muito cedo. Numa curva da estrada achou-se em face de numerosa cavalgata, que tomava-lhe a passagem. Guida, que vinha na frente em companhia de algumas senhoras, exclamara:

— Ali está a flor, Clarinha. Não é tão linda?

— Aonde?

— Ali, um arbusto. Não vê? disse ela indicando o lugar com a haste do chicotinho.

— Vejo. Amarela...

— Cor de ouro.

Guida tinha parado, e todos os cavaleiros