Página:Sonhos d'ouro (Volume I).djvu/136

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— Sim; mas que ladeira! quase direita!

— Ora. O outro cavalo não desceu?

— Com que risco!

— No fim de contas Edgard, zangado, ia-se atirando da montanha abaixo, quando um moço que passava, conhecido do Sr. Guimarães, agarrou-o pelo freio; e desceu para apanhar a flor!

— Se não fosse ele, quem sabe o que sucederia.

— O Sr. Guimarães deve apresentar-nos o seu amigo, não acha, papai?

— Decerto!

— Terei muito prazer. Encontrando-me com ele... ia respondendo o Guimarães.

Atalhou porém o Dr. Nogueira:

— A flor é naturalmente essa que a senhora tem no seio?

— Sim, senhor, é esta mesmo. Veja papai, como é linda!

— Muito! Quase que podias trazê-la como pingentes.

— Boa ideia, papai! Vou mandar fazer uns brincos deste feitio.