azul, seio infindo onde a alma se embebe, como o filho no colo materno.
Ricardo vinha entregue ao enlevo da contemplação da tarde, quando ao dobrar uma volta do caminho achou-se diante de um rancho de moças, que andavam passeando. Entre todas distinguia-se, pelo talhe esbelto e gracioso, uma, vestida de seda escocesa, desde a botina até as fitas do cabelo.
Diante dela corria, saltando e latindo, uma cachorrinha felpuda, muito alva, com brincos de ouro e uma coleira de veludo; mas apenas percebeu o cavaleiro, atirou-se ao Galgo para mordê-lo no jarrete.
Ricardo, tendo reconhecido a Guida, supôs que a cachorrinha era a mesma da história contada por Fábio, a Sofia. Mais aborrecido ficou ainda com o impertinente animal, que investia furioso contra as pernas do cavalo.
A situação nada tinha de agradável; o caminho era estreito; de um lado o despenhadeiro, do outro a montanha cortada a pique. O Galgo, fogoso, e irritado com a insultante ameaça do cão,