desnorteada, como ficou o Soares que ao voltar do escritório para o jantar caseiro e o repouso da sesta, encontrou o palacete em festa, cheio de amigos com quem decerto não contava achar-se naquele dia.
— Que história é esta? perguntou o banqueiro que tudo levava em ar de brincadeira. Querem ver que o Aljuba espalhou que eu ia pôr-me ao fresco, e vocês pelo seguro vieram cercar-me a casa? Finórios!... Também tu, conselheiro! Vieste agarrar o teu velho camarada!
— Que dizes?... Não vão bem os teus negócios? acudiu o Barros amornando a sua fria e pachorrenta gravidade. Bem sabes que até onde eu puder!...
Soares abraçou-o com efusão, mas logo afogou esse impulso na perene galhofa:
— Estás sonhando, meu velho! Nunca me correram tanto à feição os negócios, como depois que o farsola do visconde me anda a agourar. Tu sabes, praga de urubu... Mas deveras que vieram vocês fazer? Quem os chamou cá?
— É boa! Pois não nos convidaste para jantar!