— E anda por aqui divertindo-se?
— Que injustiça! Veio na esperança de ganhar alguma cousa para pagar as dívidas da mãe, e casar-se então; porque a noiva é tão pobre como ele.
— Coitadinha!
— E não é muito o dinheiro de que precisam. Vinte contos apenas!
— Não é qualquer bagatela, Guida!
— Ora! Você não gasta mais do que isso por ano?
— Sim; mas em minha posição!...
— Pois esse dinheiro que nós deitamos fora em vestidos, joias e luxo durante um ou dois anos, bastava para fazer a felicidade de tanta gente e por toda a vida.
— Que gente?
— O Ricardo tem uma irmã, D. Luisinha, que também está para casar com o amigo...
Guida sentindo a inquisição suspeitosa do olhar de D. Guilhermina, disfarçou a colher uma flor e concluiu:
— Com o Fábio!