sabe se não me fizeram alguma intriga? Pois engana-se, tenho um gênio de água morna.
— Não supunha, acudiu Ricardo; mas depois do que tenho visto esta manhã, posso jurar!
— Não é verdade?... Estamos quase no fim do passeio e ainda não dei um galope!
— O galope não é das piores cousas.
— Ah!... Então o galope não faz mal?
— Conforme; num cavalo manso, o galope é agradável e não tem o menor risco; mas em um animal arisco, como o Galgo, não convém a uma senhora.
— É perigoso? perguntou Guida com um modo cândido.
— Pode tornar-se.
— Deveras!
— Se não acredita...
— Ao contrário, acudiu Guida.
— Uma tarde destas e neste mesmo caminho esteve a atirar-se com Fábio pela montanha abaixo.
— E como escapou?
— Esbarrando contra os bois de um carro que por felicidade estava atravessado na estrada.