Página:Sonhos d'ouro (Volume II).djvu/47

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não reverberava nem deslumbrava os olhos; era antes uma pubescência, doce e aveludada, onde se engolfavam os olhos com delícia.

Derramaram-se os passeantes pela borda da esplanada para melhor apreciar os vários pontos de perspectiva, e cruzaram-se as observações de toda a casta, e as réplicas ou risos que elas provocavam.

— É o reino das fadas, disse Fábio a D. Guilhermina, mostrando-lhe o admirável panorama. Está a senhora nos seus domínios.

— Se assim fosse, eu encantava-o já, respondeu a moça a sorrir.

— Em quê?

— Nesta flor! tornou mostrando-lhe uma violeta que prendeu ao seio.

A esse tempo dizia o Guimarães:

— Não sei o que acham demais neste lugar! Abalar-se a gente para ver morros trepados por cima doutros!

— Pretexto para o almoço, homem, disse o Bastos, a quem o passeio afiara o apetite; contanto que não se demore o farnel.