Tão infames como eles.
Corria humano sangue sobre as aras
Em sacrifício à vil hipocrisia
De oráculo fingido;
E as ímpias mãos de um impostor sagrado,
Nas palpitantes vísceras pousando,
Iam depois queimar o incenso impuro
Ante o altar do crime endeusado.
Tudo do engano as trevas encobriam;
Só déspotas raivosos
A seu grado reinavam;
E nas públicas praças, e nos circos
Só escravos em ócio pão pediam.
Como de vaga em vaga repelidos
Os restos do naufrágio,
Vão na areia encalhar, tal parecia
Que a Humanidade ao fim tocado havia.
No meio deste horror eis que aparece,
Como um íris de paz, do Eterno o Filho.
O erro confundido,
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Aspeto