Ingrata Pátria! Ingrata!
O tempo ao menos, carcomendo a lájea,
Tua vergonha oculta ao estrangeiro.
Oh meu Deus! aqui jaz desconhecido
Quem cantou dos teus Mártires a glória
Em altíssono metro harmonioso!
Reverente ante a tua sepultura,
Oh Filinto, tu vês um triste filho,
Que choroso, da Pátria ausente vive.
Jovem, talvez ardido, ousei na lira
Os dedos aplicar, seguir teus vôos:
Sons, que desfiro rústicos, consagro
Em holocausto a Deus, e à Pátria minha.
Da celeste Sião, onde tua alma
Fulgurante resplende,
Um raio de estro à minha mente vibra.
Recebe esta coroa,
Estas folhas recebe,
Que viçosas colhi na sepultura
Do imortal La Fontaine, a quem honraste. [1]
- ↑ Com a tradução que fez das suas fábulas.