Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/153

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Que viajor, entrando em tuas portas,
Não dirá: Onde estou? onde está Roma?
Se uma voz respondesse: Eis aqui Roma.
Como não exclamar cheio de assombro:
Que maldição do céu caiu sobre ela!

Também têm as Nações suas idades.
Jovem já foste, oh Roma!
Já guerreiro vigor armou-te o braço;
Já tremeram de ti milhões de povos.
Fatigada de glória, e já curvada
Entre tuas ruínas,
Hoje tu tremes, como uma Rainha
Anosa sobre o trono,
Que em anos juvenis calcara ufana.
Hoje só em teu Deus arrimo encontras;
Só a Religião te ampara a fronte,
Que co'o peso dos séculos já pende.

Sem este novo Deus morta já foras.
Teus velhos deuses a paixões sujeitos,
Teus senhores, teus Neros, e teus filhos,
Degenerada raça