Eram dous céus! Veneza em meio estava,
Como um astro que parca luz emana.
O leão de São Marcos inda eu via;
A torre esbelta, o gótico palácio,
E a ponte dos suspiros.
Mas tudo, tudo
Deixar devia,
Antes que o dia
Amanhecesse,
E desfizesse
Quadro tão belo.
A mão do escravo
Obediente
Maquinalmente
Já martelava
O fatal bronze;
Pancadas onze
O ar vibrava.
Triste e choroso [1]
- ↑ Há em Veneza, na praça de S. Marcus, uma torre chamada do Relógio; em cima um sino, e duas estatuas de bronze com martelos nas mãos, marcando com eles as horas.