Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/257

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Eu conheço teu mal. Ah! não são estes,
Qu'inda os pulsos têm lívidos dos ferros,
Recém-livres, costumes têm de escravos,
Estes não são, que ao teu porvir brilhante
As portas abrirão; são os seus filhos.
Espera, espera, que o porvir é grande;
E a vontade do Eterno, que os teus montes,
O teu céu, os teus rios nos revelam,
Será cumprida um dia: espera, espera.
Ainda ontem te ergueste de teu berço;
Mal um passo ensaiaste,
E não é crível que amanhã já morras.

Como em torno do sol os astros giram
Em círculo perpétuo,
Em torno do seu Deus as Nações marcham,
E de tal Astro à luz jamais se eclipsam;
Crê em Deus; que ele só salvar-te pode.

E vós, que a fronte ergueis de nós à cima,
Vós, que empunhais da governança o leme,
Vós, que velar deveis, até quando
Fareis da Pátria o patrimônio vosso,