Socorro dar-te
Embalde intento,
E só aumento
Minha aflição.
Qual naufragante
Que uma onda impele,
Outra o expele
Ao alto-mar;
E de onda em onda
Sendo rolado
Já lacerado,
Vai encalhar.
Mas na praia não achando
Um asilo protetor,
O alento último exala,
E a alma envia ao Criador.
Assim morreis, suspiros, em minha alma,
Depois de haver o Oceano magoado.
Mas, oh Pátria, quem causa mágoas tuas?
Ah! não fales, não digas... sofre... espera.
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