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Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/264

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É qual estreito vaso o peito humano,
Que trasborda, ou se quebra, se fermenta
O veneno que encerra.

De gota em gota o fel da desventura
N'alma a tristeza vai-nos embebendo,
Té que o corpo converte-se em masmorra,
De que a alma fugir busca.

Oh! quem vê uma flor que em prado brilha,
Parecendo exalar vida, e doçura,
E rir-se em cada pétala viçosa,
Acaso dizer pode
Se ela foi pela serpe inficionada?
Se em vez de vida, a morte só lhe lavra
O delicado estame?