Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/309

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Não, eu não temo a morte,
Nem dos tiranos temo a catadura;
sei firme assoberbar adversos fados;
Que o varão, que o dever toma por norte,
Sempre a Pátria antolhando,
Morte honrosa prefere à vida escrava.

Amor da sapiência,
Desejo de colher lições do mundo
Leva-me às margens do soberbo Sena,
Para, se me não for avessa a sorte,
Ante o altar da Pátria
Meus serviços prestar vir respeitoso.

A ti me voto inteiro,
Tu és o meu amor, minha alma é tua.
Só para te ofertar flores cultivo
Nos mágicos jardins da Poesia;
Se te apraz seu aroma,
Ah! como fico de prazer ufano!

Ah! praza a Deus que a nuvem,
Que obumbra ora teu céu, tão belo sempre,